O que dizer deste processo? Gratificante, prazeroso,
produtivo... me sinto muito a vontade trabalhando sob esta temática. Tema de
minha pesquisa, continuo descobrindo-me quando trabalho com os adolescentes.
Trabalhamos primeiramente com música: os alunos da 8ª série receberam uma folha contendo sentenças
e cada sentença deveria ser respondida com versos de músicas, por exemplo: Minha vida é........ Após cada um
socializar cantando entreguei letras de músicas de MPB e cantamos coletivamente
acompanhados por violão. A atividade foi de emoções intensas, a cada música
conversávamos sobre a vida, suas maravilhas e mazelas.
Após realizamos a dinâmica da Xícara e do café. Xícaras
formas dispostas no centro da mesa, sendo uma para cada aluno e cada uma de
cor, forma, materiais diferentes, todas com o mesmo conteúdo. Nesta vivência
aromática, cada adolescente escolheu sua xícara, justificando a escolha e
descrevendo o objeto. Desta forma, chegamos a conclusão que muitas de nossas
escolhas são feitas pela aparência (Esta
era a xícara mais bonita, moderninha) ou por conveniência (esta era a que mais tinha café dentro).
Mostrei a eles várias representações do corpo humano de
diversos períodos da história da arte, com o objetivo de mostrar o eu era
cultuado e valorizado em cada época. Assistimos a alguns vídeos que demonstram
como a modernidade cultua o corpo humano (regimes, cirurgias, manipulações de
imagem, marcas, publicidade).
Realizamos também a
análise visual e produção de autorretrato bidimensional.
E enfim, a aula mais esperada. O momento de construir o
autorretrato tridimensional: a máscara de gaze gessada. Momentos de coleguismo,
altruísmo, empatia e de muitas sensações (quente, frio, meleca, arrepios).
Trabalhamos também as proporções áureas, rememorando os
ideais de beleza gregos.
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